quarta-feira, 15 de outubro de 2008


E assim me sinto quando acordo vazia por dentro.

Esta é a minha cor e esta é a minha música.

Consegues imaginar o que é amar-te e não me sentir correspondida.
Ter tanto para te dar mas sentir que as energias estão no limite.

Ouve esta música e diz-me como reaver a força da paixão.

http://www.youtube.com/watch?v=_Ye8GLPUVsM

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Perder o rasto..


Sinto na pele aquele arrepio causado pela tua ausência. O corpo pede um abraço, um toque leve na minha pele. Nada sinto. Porquê?
Porque não reconquistas aquilo que a cada dia se perde em mim. A pele enrugada, o sorriso vazio, as lágrimas que não correm. Porque me deixas vazia e deixas diminuído o meu amor.
Conquista-me, faz-me viver e sentir o sangue correr nas minhas veias.
O que sentes, que mais te preciso dar? Porque não ouves a minha música? Porque não agarras minha mão?
Olho para trás e quase já não vejo as pegadas. Será que nosso amor já não deixa a mesma marca?

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Casa abandonada...

Sempre tive uma paixão por casas abandonadas que nunca consegui explicar. Casas que outrora foram habitadas por familias mais ou menos felizes, recheadas de sorrisos, recordações, cores, cheiros e tradições.

Quando vejo um vidro quebrado, um silvado selvagem, tinta caída e sinais de ruína perco controlo de meus passos. Sim , quero entrar mas receio. Seria uma invasão, seria perigoso, seria apropriar-me de memórias que não partilhei.

Tem graça. Ainda recordo cheiro da casa de meus avós mas não guardei nenhum objecto, nem uma imagem visual nitida das parades, agora demolidas, que albergaram as memórias da minha família. Sinto o cheiro a madeira, misturado com aquele cheiro da lareira que continuamente ardia. Sinto o cheiro dos risos dos meus primos, da cevada feita ao lume, das histórias contadas entre sandes de marmelada. Quase ouço o ranger dos tacos, os dedos de meu avó a entrelaçar o vime,as melodias da concertina e os tachos a ferver na lareira.



Mas já não alcanço visualmente as memórias de infância.



Alguém me explica esta vontade de entrar em casas abandonadas, a sede de tocar e cheirar os segredos escondidos em baús alheios. Não consigo explicar mas sei que um dia vou entrar nessas quatro paredes desconhecidas e inabitadas.