quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Silêncio


Tenho saudades de sentir os pés enterrados na areia húmida. Deambular pelo silêncio das tuas manhãs. Sentir o cheiro a maresia e o vento na face. O frio incomoda mas o alento destes passeios supera qualquer intempérie.
Sinto falta de olhar a tua imensidão, sentir o misto de calma e medo que me dás. Está longe a memória dos dias em que sorria só de te sentir perto. Já não recordo o sorriso de menina, esboçado sem qualquer razão aparente.
Queria sentir teu cheiro, perder-me nestes passos tranquilos perto de ti … Onde estás? Porque não consigo aproximar-me de ti…porque te afastas também?
Procuro-te.
Silêncio.
Paz.
Tranquilidade do teu colo.
Amor.
Sorrisos gratuitos.
Quando?

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Uma parte de mim...


Uma parte de mim hibernou. Ficou imóvel, adormecida, entorpecida e insensível. Os sonhos foram esquecidos e está distante aquele sorriso de quando era criança e brincava na areia molhada. Tentei resistir a este frio que me secou o coração, juro que tentei. Pensei que com um toque teu meu coração aumentasse o ritmo e corpo resistisse a esta hibernação.
Não percebeste ou fui eu quem não soube demonstrar que estava a sofrer?
Agora não importa. Agora deixa-me estar. Deixa os dias passar e a estação mudar. Porque uma parte de mim hibernou e nem as ondas deste mal bravio me vão incomodar.
A outra parte? - Perguntas tu. A outra parte ficou para a viver por instinto e a responder aos impulsos dos outros. Mas a parte maior de mim hibernou…Será que vai resistir a este inverno rigoroso? … Não sei, mas tenho fé que me toques com os teus raios de sol de inverno.