quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Saudade


Tenho sonhado contigo. Sabias que consegues provocar a mim esta saudade tão profunda? Nossos laços não se anulam apesar da distância que teima em separar-nos. Talvez seja isso que me esteja a deixar doente, frágil e sem vivacidade. O sangue que me corre nas veias não transporta energia ao meu coração. E sentir? Sabes quando as pequenas coisas me levavam a um estado tal, em que a euforia saltava dos poros, alçava os cabelos e os meus olhos sorriram de forma contagiante… Não, não tenho sentido. E sonhar? Recordas quando me abanavas para me trazer à realidade e, depois de várias tentativas de iniciar uma conversa séria, eu, meia atordoada, olhava nos teus olhos para lentamente cair em mim… Não, já não viajo assim dentro dos meus pensamentos…. E gritar? Aquele grito de raiva, os desabafos sinceros de angústia, por estar certa da injustiça dos actos e da vida menos abonada de tantas almas boas. Não, já não grito. Tudo em mim é mudo, tudo em mim é vago, desprovido de sentimentos extremos, os sonhos são escuros e os dias todos iguais.
Mas hoje, quando tirei este corpo da cama, decidi: - vou-te visitar este fim-de-semana.