segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Por vezes ...


Às vezes tenho medo de te prender o coração. De o amarrar com tanta força que te possa ferir. Gostava de te amar em liberdade mas não como se faz ou tenho medo de não o estar a fazer.
Às vezes sangro por dentro e sei que tu também. Seremos prisioneiros deste amor.
Diz-me se te magoo, se estás preso no meu peito ou se consegues voar quando estás nos meus braços.
Amo-te mas não quero prender teu coração com arame farpado.

Manhã chovosa

Sinto frio nos pés. A areia que piso está molhada e esta espuma salgada torna cada passo ainda mais desconfortável. Não estou bem. Esta humidade gela-me o coração e os raios de sol não me alcançam o rosto.Cansada de esperar que me alcances os passos ou que simplesmente sigas outro caminho. Porque não falas, porque não te decides. Aquece meu corpo e esquenta meu peito ou então afasta-te desta minha pele gelada.Os passos são monótonos assim. Não quero mais. As ondas apagam meu rasto e o sol não aquece meu rosto. Não quero que me limpes as lágrimas. Afasta-te ou faz-me sorrir.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

I was made for you



All of these lines across my face


Tell you the story of who I am



So many stories of where I've been


And how I got to where I am


But these stories don't mean anything

When you've got no one to tell them toIt's true...



I was made for you

Hoje acordaste-me com uma mensagem. Um sopro no ouvido,um beijo na face, para dizer que me amavas. Respondi com um sorriso.

Hoje acordei a sol poente. Não estavas a meu lado mas senti os teus raios a aquentar-me o coração.

Procurei as tua pegadas e segui-te.

Perguntaste-me se te amava, quando te encontrei no rebentar das ondas. Sabes que sim. Que o sol poente apenas ganha sentido quando estás no meu pensamento.

Sei que me amas e queres caminhar a meu lado, mas falta-te a coragem de deixares nossas pegadas seguirem em liberdade.

Estou a ser injusta? Estou a sonhar?

Deixei-te no rebentar das ondas. Segui a caminho de sol poente porque sei que logo te vou encontrar.

Amo-te.... mas isso não chega. Só tem sentido quando partilhamos o pôr-do-sol.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Vazio


Senti um arrepio na pele e um aperto no peito. Precisei de correr para os teus braços e saber-te perto. Olhei em volta e meu olhar tocou o vazio. Toquei meus lábios pois pensei que eles chamavam teu nome. Não. Estava mudo meu grito, vazia minha alma, fria a minha pele.
Queria procurar-te mas meus passos foram travados pelo vazio do meu peito. Quando não há sonho, quando não há amor, quando não acreditamos em nós…não há vontade, não há futuro. Ficar parada a olhar para as pegadas na areia e apenas a pensar em ti.

A caminho do sol poente


Chegou a hora de me por à estrada.
Vou partir rumo a sol poente.
Peguei na minha trouxa e iniciei um novo caminho na areia.
Não quero que sigas as minhas pegadas nem que que caminhes a meu lado.
Senta-te numa rocha e aprecia o pôr-do-sol. Sente a maresia e respira a liberdade deste cantinho a sol poente.